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Tratamento de Resíduos por Incineraçao

De acordo com dados divulgados pela ABRELP (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) em 2013 cerca de 44% dos resíduos de serviços de saúde foram encaminhados para a incineração.

A queima e o aterramento do lixo são os processos mais antigos utilizados pelo homem. A queima dos resíduos, a céu aberto, é proibida no Brasil e por aqui predominam incineradores de médio e pequeno porte, muitos, em condições precárias representando um risco para a saúde da população e do meio ambiente.

A incineração é um processo de combustão seca, na presença de oxigênio, onde materiais são decompostos desprendendo calor e gerando um resíduo de cinzas.

Normalmente os incineradores são equipamentos compostos por duas câmaras de combustão: na primeira câmara os resíduos sólidos e líquidos são queimados a uma temperatura que varia de 800 e 1.000°C com excesso de oxigênio e transformados em gases, cinzas e escória; na segunda câmara os gases provenientes da combustão inicial são queimados a temperaturas de 1.200 a 1.400°C.

Os gases da combustão secundária são resfriados para evitar a recomposição das extensas cadeias orgânicas tóxicas e, em seguida, tratados em lavadores, ciclones ou precipitadores eletrostáticos, antes de serem lançados na atmosfera através de uma chaminé.

Como a temperatura de queima dos resíduos não é suficiente para fundir e volatilizar os metais, estes se misturam às cinzas, podendo ser separados destas e recuperados para comercialização.

Para os resíduos tóxicos contendo cloro, fósforo ou enxofre, além de necessitar maior permanência dos gases na câmara (cerca de dois segundos), são precisos sofisticados sistemas de tratamento para que estes possam ser lançados na atmosfera.

Já os resíduos compostos apenas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio necessitam somente de um eficiente sistema de remoção do material particulado que é expelido juntamente com os gases da combustão.

Existem diversos tipos de fornos de incineração. Os mais comuns são os de grelha fixa, de leito móvel e o rotativo. Após processados, esses resíduos tratados devem ser encaminhados para um aterro sanitário licenciado por órgão ambiental.

Este processo é, hoje, um dos mais condenados por instituições, membros da sociedades e estudiosos da área. Não existe regulamentação para o tratamento e filtragem das micropartículas, altamente nocivas à saúde, que são liberadas para a atmosfera. Além disso para que exista o processo de combustão é necessário misturar, a massa de resíduos, fardos de plástico ou papel: recursos que poderiam ser utilizados para recuperação ou reciclagem.

Referência: Portal Resíduos Sólidos (www.portalresiduossolidos.com.br)


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